sexta-feira, 9 de abril de 2010

Repórter X, Y, Z

Tinha de ser… mas não devia ter sido assim!
O repórter chegou ligeiramente atrasado ao pavilhão. Teve de dar duas voltas à procura de estacionamento porque os tomarenses (e número significativo de oureenses) fizeram uma “boa casa”.
Por isso, quando entrou no pavilhão, embora o jogo tivesse começado há pouco tempo, estava um para cada lado. Lá se acomodou – dificilmente – e começou a ver o jogo. E a gostar de ver. Um Tomar cheio de justas ambições, um Juventude Ouriense tranquilo na tabela mas cheio de brio. Além de mais, há por ali velhas rivalidades (e amizades!), quer dos clubes, quer pessoais. Pela sua colocação, atrás da baliza do JO, até deu para o repórter observar o despique Helder-Favinha, interessante, aguerrido, embora tivesse lamentado que o Favinha tenha tido uma das suas reacções de maus modos (para não dizer pior)  para com um outro companheiro de compita de camisola diferente.
O jogo lá ia correndo, e o JO chegou a estar a ganhar por 3-1 aproveitando oportunidades, enquanto se fechava bem na defesa. Depois, até para dar animação…, o Tomar chegou a 3-3 e, mesmo sobre o intervalo, o JO perdeu (por duas vezes, por ter sido repetido) a possibilidade de ir para as cabinas em vantagem.
O intervalo foi de encontros entre velhos (e bons) amigos destas andanças, e o ambiente era de expectativa. O JO estava a portar-se muito bem.
Depois do intervalo, o Tomar fez 4-3 num livre directo, mas o JO reagiu bem e passou para 4-5, com resposta para 5-5 e 6-5. Vivo, o jogo!, e viva o jogo! No entanto, os de Ourém não estavam para facilitar as coisas a quem tem pretensões (justas e justificadas) de subir de divisão e voltou a empatar: 6-6.
Bom. Ou melhor: mau. Ou (ainda) melhor: pior. Aí é que as coisas começaram a correr mal… a juízo do repórter, claro… Pareceu mesmo que o Tomar tinha de ganhar naquele minuto final. Fosse lá como fosse.
Com a ajuda de um desencontro entre o Lomba e o Pedro “Russo”, junto da baliza do Tomar, bem dispensável e que desestabilizou, apareceu o golo metido “à força” com toda a «equipa da casa» a empurrar a bola para dentro da baliza, veio o cartão azul para o Hélder e, depois, os protestos do guarda-redes do JO (lá teria as suas razões… diz o repórter…), expulsão, a equipa a jogar com o guarda-redes suplente e apenas dois jogadores de campo, um oitavo golo de livre directo (ou foi de penalti?, para o repórter, naquela altura, era o mesmo).
Um minuto de pesadelo. Talvez à imagem de uma certa maneira de se estar no desporto, que faz o repórter, por vezes, sentir-se mal por aqueles locais onde o espírito desportivo parece que foi dar uma volta pelas lonjuras dos pavilhões ou dos estádios….
Mas, que fique claro, este repórter ficará muito contente por o Sporting de Tomar subir â 1ª divisão, gostou muito da atitude dos que representaram Ourém, pelo seu brio e garra, mas tem esta mania de não calar as penas ou mágoas.
Repórter X, Y, Z

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